Os resultados da pesquisa apontam que cerca de 65,8% dos 2.895 municípios analisados relataram a ausência de vacinas em seus estoques. Um dos pontos destacados foi a falta da vacina contra a catapora, com 52,4% dos municípios apontando a escassez do imunizante. O Ministério da Saúde, por sua vez, contestou esses resultados, afirmando ter garantido a totalidade das doses necessárias do calendário básico de vacinação, exceto em casos de desabastecimento global, que foram atribuídos a “problemas pontuais”.
Outro item alarmante apontado pela pesquisa foi a falta da vacina contra a covid-19 em adultos, presente em 736 municípios (25,4%). Com um período médio de 45 dias sem disponibilidade, essa ausência se torna ainda mais preocupante diante do recente aumento de casos da doença no país. Segundo dados do Painel Covid-19 do Ministério da Saúde, a primeira semana de dezembro registrou um aumento significativo nas notificações, atingindo o maior nível desde março.
Além disso, a pesquisa também destacou a insuficiência de outras vacinas, como a tríplice, que protege contra coqueluche, difteria e tétano, em 520 municípios (18% do total pesquisado), e a meningocócica C, contra a meningite do sorogrupo C, em 375 cidades (12,9%). Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Saúde garantiu ter estoques suficientes para os próximos seis meses das vacinas contra meningite e coqueluche, ressaltando sua transparência na distribuição das doses.
Em meio a essas questões, estados como Santa Catarina, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais aparecem como os mais afetados pela escassez de vacinas, evidenciando a urgência de medidas para garantir o acesso da população a esses imunizantes essenciais para a prevenção de doenças. Com a promessa de resolver os problemas de abastecimento até 2025, o Ministério da Saúde busca tranquilizar a população em relação à disponibilidade e distribuição das vacinas no país.
