SAÚDE – Equipe do Ministério da Saúde monitora surto de dengue e descobre casos de febre Oropouche no Acre, sem registro de mortes.

Uma equipe do Ministério da Saúde desembarcou no estado do Acre esta semana para analisar de perto a situação dos casos de dengue na região. A missão é conduzida pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, que revelou uma descoberta surpreendente: muitos dos casos anteriormente diagnosticados como dengue na verdade são de febre Oropouche.

A febre Oropouche é uma doença transmitida por mosquitos, principalmente pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim. Os sintomas são semelhantes aos da dengue, incluindo febre súbita, dor de cabeça intensa, dores nas costas e articulações, entre outros. A população do Acre está sendo orientada a adotar medidas de prevenção semelhantes às da dengue, como o uso de mosquiteiros, roupas compridas, telas em portas e janelas, repelentes e a colaboração com os agentes de saúde na aplicação de substâncias que combatem a proliferação de mosquitos.

A secretaria de Saúde do estado ressalta que a febre Oropouche, embora tenha sido descrita pela primeira vez na década de 60, não apresenta registros de mortes associadas à doença até o momento. Não há tratamento específico nem vacina disponíveis, sendo recomendado repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico para os pacientes infectados.

Além da questão da febre Oropouche, o Acre enfrenta um surto de casos de dengue que levou o estado a decretar emergência em saúde pública no início de janeiro. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 6.498 casos prováveis de dengue, mas nenhuma morte confirmada. A incidência da doença no estado é alarmante, com 782 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Diante desse cenário preocupante, a presença da equipe do Ministério da Saúde no Acre é crucial para avaliar a situação, identificar as necessidades locais e traçar estratégias eficazes de combate às doenças transmitidas por mosquitos na região. A colaboração da população e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para conter a propagação dessas doenças e preservar a saúde da população acreana.

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