Fruto de um edital interno da Fiocruz e realizado pelo Departamento de Endemias Samuel Pessoa da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca-Fiocruz, o filme conta com o patrocínio da Johnson&Johnson, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Segundo Fernanda Kopanakis, diretora do documentário, o número de mulheres com histórias marcantes de enfrentamento da covid-19 surpreendeu a equipe responsável pela produção. As narrativas apresentadas destacam momentos de dor, abandono e superação vividos durante a pandemia.
A diversidade de experiências das entrevistadas chamou a atenção dos realizadores, que ressaltaram a importância de mostrar diferentes realidades, especialmente aquelas das periferias brasileiras. Fernanda enfatizou a disparidade de informações e recursos entre regiões, revelando que a divulgação de dados sobre contaminados pela covid-19 não chegava de maneira eficaz às comunidades periféricas.
O filme tem como foco central as mulheres residentes em Manguinhos, periferia próxima à Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro. A realização do documentário contou com o apoio de uma pesquisadora da instituição de pesquisa para abordar questões que envolvem a saúde e a comunidade local. A disponibilização do documentário nas redes sociais e em oficinas em Maricá, região metropolitana do Rio, busca ampliar o alcance das histórias das mulheres retratadas no filme.
A proposta do documentário vai além de uma simples exibição, visando a reflexão e a sensibilização do público acerca das diferentes realidades enfrentadas durante a pandemia. A disseminação das narrativas e experiências compartilhadas pelas mulheres entrevistadas serve como um importante registro histórico e uma inspiração para futuras gerações.