SAÚDE – Dia Mundial de Luta contra HIV alerta para desinformação e desigualdades no acesso ao tratamento; Brasil busca eliminar aids como problema de saúde pública até 2030.

No dia primeiro de dezembro, o mundo se une para celebrar o Dia Mundial de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e inaugurar o Dezembro Vermelho, um mês dedicado à conscientização sobre o HIV e a AIDS. Esta data é um momento crucial para refletir sobre o avanço da pandemia e as medidas necessárias para mitigar seu impacto.

A cada dia, várias iniciativas são implementadas em diferentes países com o intuito de desconstruir preconceitos, combater a desinformação e promover a saúde. O secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou a gravidade da situação atual, mencionando que décadas de avanço na luta contra a AIDS estão ameaçadas devido a cortes de financiamento, interrupções de programas essenciais e legislação que dificulta o acesso à saúde para populações vulneráveis. Guterres enfatizou que para erradicar a AIDS é imprescindível empoderar as comunidades, investir em estratégias de prevenção e garantir que todos tenham acesso a tratamentos adequados.

No âmbito global, atualmente, cerca de 40,8 milhões de pessoas vivem com HIV, e as previsões para 2024 apontam para 1,3 milhão de novas infecções, além de 9,2 milhões de indivíduos sem acesso ao tratamento. A situação é crítica e exige uma mobilização coletiva para reverter esse cenário.

No Brasil, o Boletim Epidemiológico de HIV e AIDS do Ministério da Saúde revela que, desde 1980, o país registrou mais de 1,1 milhão de casos de infecção. Nos últimos cinco anos, a média de novos casos anuais foi de cerca de 36 mil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou os avanços do país no combate ao vírus, como a redução da mortalidade e a eliminação da transmissão vertical do HIV. Contudo, ele reconheceu que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos, principalmente em relação ao acesso igualitário a cuidados de saúde e ao combate ao estigma associado à doença.

O Brasil também é signatário de metas globais que visam diagnosticar 95% das pessoas vivendo com HIV, tratar 95% das diagnosticadas e garantir que pelo menos 95% dessas pessoas estejam em tratamento eficaz até 2030. Juntamente com essas metas, o país busca reduzir as taxas de incidência e mortalidade associadas à AIDS em 90% até 2030 em comparação com os índices de 2010.

Em termos de estatísticas, a taxa de detecção de AIDS é de 17,8 casos por 100 mil habitantes, com maior incidência entre jovens de 25 a 34 anos, sendo a transmissão sexual a principal via de contágio. Os dados revelam uma preocupação crescente com o aumento de casos entre pessoas acima de 60 anos e a necessidade de estratégias voltadas a essa faixa etária.

O cenário atual mostra que, apesar dos progressos, é fundamental manter a atenção na luta contra o HIV/AIDS, enfatizando a importância da conscientização e da ação contínua em prol da saúde pública. A união de esforços é necessária para reverter a tendência de crescimento das infecções e garantir que a luta contra a AIDS se mantenha na agenda das prioridades de saúde, tanto no Brasil quanto globalmente.

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