Além do aumento significativo, o boletim também informou que duas mortes decorrentes da doença foram confirmadas até o momento. Uma mulher de 98 anos, residente em Itatiaia, na região serrana, e um homem de 33 anos, em Mangaratiba, na Costa Verde, foram as vítimas fatais.
Em relação à incidência da doença, 14 dos 92 municípios do estado apresentam taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes. A situação é mais preocupante nas cidades menores e próximas aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na região serrana, o número de casos está 14 vezes acima do esperado para o período, e na região metropolitana, dez vezes maior. Já na Baía de Ilha Grande e no Centro-Sul Fluminense, são nove vezes mais casos.
O Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), que pertence ao governo do estado, registrou uma taxa de positividade nos exames para a dengue de 33%, após processar 4.464 testes na terceira semana epidemiológica do ano. Estes números apontam para um aumento expressivo em comparação ao ano anterior.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, alertou para o aumento significativo nos casos e enfatizou a importância de buscar atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas da doença, especialmente febre. Ela também fez menção ao programa lançado pelo governo estadual, o Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!, que visa combater a doença por meio da aquisição de equipamentos e insumos para os municípios mais afetados, além do treinamento de profissionais de saúde e a possibilidade de conversão de 160 leitos em hospitais de referência para tratamento da dengue, caso necessário.
Diante do cenário preocupante, as autoridades de saúde enfatizam a importância da prevenção e do controle da doença, bem como o apoio da população na eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A situação atual demanda uma atenção especial e a adoção de medidas eficazes para conter a propagação da doença no estado do Rio de Janeiro.