Os dados revelados em uma extensa pesquisa mostram que, durante esse período, foram registradas mais de 1,1 milhão de ocorrências de chikungunya, com 21.336 pacientes (1,9%) necessitando de hospitalização. Por outro lado, a situação da dengue foi ainda mais preocupante, com aproximadamente 13,7 milhões de casos e 455.899 internações (3,3%). Esses números ressaltam a gravidade das arboviroses, que não só afetam a saúde dos cidadãos, mas também sobrecarregam os serviços de saúde.
A consultoria especializada em gestão de saúde, Planisa, desempenhou um papel crucial na análise dos custos relacionados a essas hospitalizações. De acordo com suas estimativas, o montante de R$ 1,2 bilhão se distribui de maneira desigual, com R$ 1,15 bilhão atribuído aos casos de dengue e R$ 56,6 milhões à chikungunya. A alta carga financeira imposta por essas doenças exige uma reflexão urgente sobre estratégias de prevenção e controle.
Os dados mais recentes do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde indicam que, somente entre janeiro e agosto deste ano, o Brasil registrou mais de 1,5 milhão de casos prováveis de dengue, resultando em 1.609 mortes confirmadas e 354 em investigação. A situação da chikungunya também não é menos preocupante, com quase 120 mil casos prováveis e 110 mortes confirmadas, além de 70 em investigação.
Esses números revelam um cenário alarmante que, se não for contido, poderá levar a uma sobrecarga ainda maior sobre o sistema de saúde brasileiro. O desafio reside em aumentar a conscientização sobre a prevenção e a importância de medidas eficazes para combater a proliferação do mosquito transmissor e, consequentemente, reduzir a incidência dessas doenças. A necessidade de políticas públicas robustas e investimentos em saúde são fundamentais para enfrentar crises dessa magnitude e proteger a população.