De acordo com a pesquisadora Patricia Clissa, associada da APqC, a situação é alarmante, pois além dos insetos encontrados no Instituto Butantã, outros barbeiros infectados foram localizados em áreas próximas, como o Campus Butantã da USP. A região do Butantã, onde se concentram mais de 350 mil habitantes, apresenta animais silvestres que atuam como reservatórios naturais para o parasita, favorecendo a propagação da doença.
A presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens, afirmou que a extinção da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) em 2020 prejudicou o monitoramento e controle dos vetores da Doença de Chagas na região. A falta de articulação entre as autoridades e a ausência de ações preventivas podem resultar em infecções em seres humanos.
Por sua vez, a Secretaria de Estado da Saúde informou que realiza monitoramento da circulação do Trypanosoma cruzi na região metropolitana de São Paulo desde 2019. Segundo a secretaria, até o momento não foram registrados casos de infecção em humanos na área urbana. Medidas de controle e capacitação de agentes de saúde estão sendo realizadas para evitar a propagação da doença.
A Doença de Chagas é considerada uma doença negligenciada e endêmica em vários países das Américas. Com sintomas que vão desde febre prolongada até problemas cardíacos e digestivos, a patologia é uma preocupação de saúde pública que exige ações efetivas de prevenção e controle por parte das autoridades responsáveis. É essencial que medidas sejam tomadas para evitar a propagação da doença e proteger a população afetada.









