A Abramede realizou um mapeamento dos principais problemas cardiovasculares registrados em hospitais públicos do país. Entre as doenças mais comuns estão a insuficiência cardíaca, o infarto agudo do miocárdio, as doenças isquêmicas do coração, os transtornos de condução e arritmias cardíacas. Para a associação, é fundamental fortalecer a infraestrutura hospitalar e capacitar as equipes de emergência para lidar com o aumento no volume e na complexidade dos casos.
Para discutir esses desafios, a Abramede está promovendo o 9º Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência, reunindo cerca de 1,6 mil especialistas ao longo desta semana. Os números levantados pela entidade revelam uma forte pressão sobre as emergências em todo o país, com destaque para a região Sudeste, que concentrou o maior número absoluto de internações por doenças cardíacas.
Estados como São Paulo e Minas Gerais lideraram o ranking de casos, com mais de 120 mil e 80 mil atendimentos, respectivamente. Já no Nordeste, estados como Ceará e Pernambuco também enfrentam uma pressão significativa nas emergências, registrando mais de 20 mil atendimentos cada.
No Norte do país, o estado do Amazonas se destacou com 5.899 atendimentos de urgência, enquanto em Mato Grosso do Sul a situação é ainda mais crítica, com 97% das internações por doenças cardíacas sendo de caráter emergencial.
O levantamento da Abramede ainda revelou que mais de 85% das internações relacionadas a doenças cardíacas foram de caráter emergencial em 2023. O infarto agudo do miocárdio e a insuficiência cardíaca foram as condições mais frequentes, demandando intervenção urgente para evitar desfechos graves. O perfil dos pacientes internados mostra que os homens representaram a maioria dos atendimentos, sendo que a idade é um fator de risco significativo, com 67% das internações ocorrendo em pacientes com 60 anos ou mais.
A associação alerta para a necessidade de atenção à saúde cardiovascular, mesmo entre adultos jovens, que muitas vezes são impactados por hábitos de vida prejudiciais. Diante desse cenário, a Abramede ressalta a importância de investimentos na estrutura de atendimento emergencial e na capacitação das equipes, a fim de oferecer um suporte adequado aos pacientes com doenças cardíacas agudas.