O crescimento no número de casos de SRAG tem sido particularmente notável em Goiás e no Distrito Federal, onde a infecção pelo coronavírus se tornou um fator significativo, especialmente entre a população idosa. Além disso, a gripe causada pelo vírus influenza A também contribuiu para um aumento nas internações, afetando diversas faixas etárias nessas áreas.
Ao analisar os dados, observa-se que 50,9% dos óbitos por SRAG foram associados ao Sars-CoV-2, o vírus responsável pela Covid-19. De acordo com o estudo, 25,7% dos casos foram causados por rinovírus, enquanto 15,8% tiveram origem no influenza A. Outras causas mais raras incluem o vírus sincicial respiratório (5%) e o influenza B (1,8%).
A pesquisadora Tatiana Portella, responsável pelo boletim, destacou a preocupação com o aumento de casos graves de Covid-19 em Goiás, no Distrito Federal e no Espírito Santo. O fenômeno é alarmante, uma vez que algumas regiões do Centro-Oeste estão enfrentando uma segunda onda de infecções por influenza A, uma situação incomum para esta época do ano.
A especialista enfatizou a importância da vacinação, especialmente para os grupos de risco, e recomendou que as pessoas verifiquem se estão imunizadas. A vacinação continua sendo a medida mais eficaz na prevenção de casos graves e mortes. Além disso, Portella aconselha que aqueles que apresentarem sintomas de gripe ou resfriado permaneçam em isolamento ou, caso não seja possível, usem máscaras adequadas ao sair de casa.
Até o momento, em 2025, o Brasil registrou 11.161 óbitos por SRAG, dos quais 5.798 (51,9%) apresentaram resultado positivo para algum vírus respiratório, enquanto 4.331 (38,8%) tiveram resultados negativos e cerca de 188 (1,7%) aguardam laudos laboratoriais.
Nos dados de mortes por SRAG neste ano, 51% foram atribuídas ao influenza A, 22,4% à Covid-19, 13,9% a rinovírus, 11,9% a VSR e 1,8% a influenza B, ressaltando a complexidade e o contínuo desafio da saúde pública no enfrentamento das doenças respiratórias.