SAÚDE – Coordenadora de laboratório é presa por falsificar resultados de exames provocando infecção em pacientes no Rio de Janeiro.



A Justiça decretou, na tarde desta segunda-feira (21), a prisão temporária da coordenadora técnica do laboratório PCS Lab Saleme, Adriana Vargas dos Santos. A decisão foi tomada durante uma audiência na Central de Custódia de Benfica, localizada na zona norte da cidade. A prisão de Adriana ocorreu um dia após sua detenção em sua residência, localizada no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Os policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) apreenderam na casa de Adriana três computadores e quatro celulares, como parte das investigações em curso. A técnica é acusada pela polícia de ordenar que o protocolo de checagem de antígenos, que deveria ser realizado diariamente, passasse a ser feito semanalmente, visando obter maiores lucros para o laboratório. No entanto, Adriana negou veementemente as acusações e já havia prestado depoimento como testemunha no início da semana passada, reiterando sua inocência.

A gravidade do caso foi ressaltada pelas consequências para os pacientes. Dois doadores tiveram laudos com resultados errados para HIV assinados pelo laboratório, quando na verdade eram positivos para o vírus. Como resultado, seis pacientes foram infectados com HIV devido aos transplantes realizados com base nesses laudos fraudulentos.

Além de Adriana, outras pessoas também tiveram a prisão temporária decretada. Entre elas estão o médico Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Saleme, o técnico Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionários da instituição.

O caso continua sendo investigado de forma minuciosa pelas autoridades competentes, visando esclarecer todos os fatos e responsabilidades envolvidas nessa trágica situação que resultou na infecção de pacientes com o vírus HIV de forma evitável.

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