Os policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) apreenderam na casa de Adriana três computadores e quatro celulares, como parte das investigações em curso. A técnica é acusada pela polícia de ordenar que o protocolo de checagem de antígenos, que deveria ser realizado diariamente, passasse a ser feito semanalmente, visando obter maiores lucros para o laboratório. No entanto, Adriana negou veementemente as acusações e já havia prestado depoimento como testemunha no início da semana passada, reiterando sua inocência.
A gravidade do caso foi ressaltada pelas consequências para os pacientes. Dois doadores tiveram laudos com resultados errados para HIV assinados pelo laboratório, quando na verdade eram positivos para o vírus. Como resultado, seis pacientes foram infectados com HIV devido aos transplantes realizados com base nesses laudos fraudulentos.
Além de Adriana, outras pessoas também tiveram a prisão temporária decretada. Entre elas estão o médico Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Saleme, o técnico Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionários da instituição.
O caso continua sendo investigado de forma minuciosa pelas autoridades competentes, visando esclarecer todos os fatos e responsabilidades envolvidas nessa trágica situação que resultou na infecção de pacientes com o vírus HIV de forma evitável.