As pesquisas apontam para a necessidade de adotar estratégias combinadas para reduzir esse impacto, como a implementação de impostos seletivos que aumentem o custo dos produtos prejudiciais à saúde, em conjunto com campanhas de conscientização semelhantes às realizadas contra o tabagismo. Esses impostos seletivos não apenas financiam o tratamento dos danos causados pelos produtos, mas também tendem a reduzir o consumo de substâncias nocivas e incentivar escolhas mais saudáveis.
Além disso, a inclusão desse tipo de imposto na reforma tributária é defendida pelas ONGs como uma estratégia para promover a saúde da população e financiar políticas de justiça tributária. A ideia é que setores que causam mais custos para a sociedade, como os de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas, possam contribuir de forma efetiva para o sistema de saúde.
Outro ponto destacado pelo estudo são os riscos associados ao consumo excessivo desses produtos, que incluem doenças comuns e debilitantes como a hipertensão, diabetes e obesidade, assim como a alteração da expectativa de vida e o surgimento de doenças mais graves, como demências e cânceres. A taxação desses produtos apresenta um potencial significativo para reduzir o número de mortes anualmente, além de melhorar a qualidade de vida da população.
A pesquisa também evidenciou o impacto do consumo de álcool na sociedade, com 105 mil mortes por ano relacionadas a essa substância. A maioria dos brasileiros apoia a taxação de bebidas alcoólicas como forma de reduzir o consumo e combater os danos sociais e de saúde causados por ela. Ao promover políticas de taxação seletiva e conscientização, é possível melhorar a qualidade de vida da população e reduzir os custos decorrentes do consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas para o sistema de saúde pública do país.