SAÚDE – Conselho Federal de Farmácia autoriza farmacêuticos a prescrever medicamentos tarjados, gerando polêmica com entidades médicas.

Na última segunda-feira, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) tomou uma decisão que gerou polêmica no meio da saúde. Foi publicada uma resolução que autoriza os farmacêuticos a prescreverem medicamentos tarjados, ou seja, aqueles que exigem receita médica para serem adquiridos. Essa medida causou reações por parte de entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), que se posicionaram contrários à decisão.

O CFM classificou a resolução como ilegal e sem fundamentos jurídicos, alegando que a prescrição de medicamentos é uma competência exclusiva dos médicos, que possuem a formação adequada para realizar diagnósticos e definir tratamentos de forma segura. A entidade também afirmou que tomará medidas judiciais contra a resolução, destacando que a mesma coloca em risco a saúde dos pacientes.

A AMB também se manifestou contrária à decisão do CFF, ressaltando que a prescrição de medicamentos é o resultado de um processo complexo que envolve anamnese, exame físico e exames adicionais para realizar um diagnóstico preciso. A entidade destacou a importância da formação dos médicos para garantir a segurança e eficácia dos tratamentos.

Por outro lado, o CFF afirmou que a resolução não traz novidades em relação à prescrição farmacêutica, apenas aprimora os instrumentos normativos para fiscalização e segurança dos pacientes. A entidade também ressaltou que a prescrição farmacêutica é respaldada por lei desde 2014 e que a decisão está alinhada com a legislação vigente.

Apesar das críticas e polêmicas, o CFF destaca que a prescrição farmacêutica é limitada a medicamentos isentos de prescrição e tarjados, seguindo protocolos e diretrizes estabelecidos. A entidade reforça que a atuação dos farmacêuticos é embasada em evidências científicas e não tem impacto negativo na saúde dos pacientes.

Em resumo, a decisão do CFF de autorizar os farmacêuticos a prescreverem medicamentos tarjados gerou debates intensos no setor da saúde. Enquanto entidades médicas criticam a medida, o Conselho Federal de Farmácia defende que a resolução está de acordo com a legislação vigente e visa garantir mais segurança e qualidade no cuidado aos pacientes.

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