Padilha enfatizou que essa desinformação não apenas afeta a rotina dos profissionais da saúde, mas também impacta negativamente a vida das famílias brasileiras. “São pessoas espalhando mentiras e, infelizmente, ganhando dinheiro com isso”, afirmou o ministro, sublinhando a urgência de ações contra a desinformação.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Advocacia-Geral da União, está movendo ações judiciais contra a veiculação de notícias falsas que envolvem até mesmo médicos e a comercialização de cursos contrários à vacinação. “Estamos vencendo essa batalha, mas nem tudo está resolvido”, comentou Padilha, ressaltando a importância de continuar no combate à desinformação.
O alerta do ministro ganha relevância considerando que, no último sábado, o estado de São Paulo confirmou o segundo caso de sarampo em 2023, afetando um homem que não estava vacinado e havia viajado para fora do país. Até agora, todos os 36 casos registrados no Brasil este ano tiveram origem em infecções adquiridas em outros países. Apesar disso, o Brasil mantém a certificação de país livre de sarampo, após uma crise em 2019 que culminou em mais de 21,7 mil casos de infecção.
Em relação à cobertura vacinal, Padilha prevê que 2025 deve fechar com índices superiores aos de 2024, quando houve um crescimento de 180% nos municípios que alcançaram a meta de 95% de imunização.
Sobre a dengue, o ministro anunciou a imunização dos profissionais de saúde com a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, que recebeu registro da Anvisa na última semana. A imunização está prevista para começar em janeiro de 2026, com a intenção de proteger esses profissionais antes do auge da epidemia. Além disso, as cidades de Botucatu (SP) e Maranguape (CE) participarão de um projeto de aceleração da vacinação contra a dengue. Especialistas afirmam que, ao atingir uma cobertura vacinal de 40% em uma determinada área, é possível controlar a dengue nesses locais, um objetivo que se reflete em um plano amplo de imunização que se pretende implementar em todo o país.
