Conforme apurado, todos os equinos que apresentaram problemas de saúde ou morreram haviam consumido produtos da Nutratta, enquanto aqueles que não ingeriram essas rações permaneceram saudáveis, mesmo compartilhando o mesmo espaço físico. Os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária identificaram a presença de alcalóides pirrolizidínicos, sendo a monocrotalina uma das substâncias tóxicas detectadas. Essa substância é conhecida por ocasionar danos severos à saúde dos animais, afetando principalmente o sistema nervoso e o fígado.
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, enfatizou em comunicado oficial que a legislação proíbe categoricamente a presença de substâncias tóxicas nas rações para animais, afirmando que, mesmo em doses mínimas, esses compostos podem ser extremamente prejudiciais. Em função dessa grave situação, o Mapa instaurou um processo administrativo fiscalizatório, que resultou em um auto de infração contra a empresa e na suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equídeos.
Como resposta à gravidade da situação, essa suspensão foi subsequentemente ampliada para incluir rações destinadas a todas as espécies de animais. No entanto, em um desdobramento controverso, a Nutratta conseguiu autorização judicial para retomar parcialmente a produção de ração que não é destinada a equinos. O Mapa já contestou essa decisão judicial, apresentando novas evidências que corroboram a necessidade de manutenção das medidas preventivas em vigor, dada a gravidade do risco sanitário envolvido.
Além disso, o ministério está monitorando a situação para assegurar o recolhimento das rações contaminadas, ressaltando a importância de garantir a saúde animal e a segurança do sistema agropecuário brasileiro. A Nutratta Nutrição Animal também foi contatada para apresentar suas considerações sobre os eventos em questão.