SAÚDE – Casos de SRAG entre crianças e adolescentes em alta após volta às aulas em seis estados; Fiocruz alerta para infecções respiratórias.

Após a volta às aulas no Distrito Federal e em cinco estados do Brasil, incluindo Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes de até 14 anos permanecem em alta. Segundo a última edição do Boletim Infrogripe, divulgado pela Fiocruz no Rio de Janeiro, a SRAG refere-se aos casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, muitas vezes exigindo hospitalização.

De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, as crianças têm passado mais tempo em ambientes fechados e em maior contato, o que favorece a transmissão de vírus respiratórios. O boletim também destaca um alerta para as infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) no Distrito Federal e em Goiás, causando um aumento de casos de SRAG entre bebês de até dois anos.

Embora o VSR geralmente circule mais durante o inverno, só este ano foram registrados mais de 460 casos de SRAG provocados pelo vírus em todo o país, resultando em 16 mortes. Além disso, a covid-19 continua sendo a infecção viral mais letal, com mais de mil mortes por SRAG este ano, sendo que mais de 81% dos óbitos com diagnóstico confirmado de algum vírus foram causados pela covid-19, principalmente em idosos.

Em relação à covid-19, a pesquisa observou um aumento de casos com sinais característicos da doença em quatro estados: Mato Grosso, Roraima, Sergipe e Tocantins. Este último destaca-se pela quantidade de ocorrências entre jovens e adultos. Sete unidades federativas apresentam níveis de alerta ou risco nas tendências de curto e longo prazo, independentemente da causa: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. A situação requer atenção e medidas preventivas para conter a propagação dessas infecções respiratórias.