Enquanto as meninas nesta mesma faixa etária demonstraram maior adesão, com uma cobertura vacinal de 79,8%, observa-se que entre as garotas de 14 anos, esse número alcança impressionantes 98,3%. A discrepância nos dados chama a atenção, evidenciando que, embora haja um esforço para vacinar as meninas, os meninos ainda precisam de maior incentivo para se imunizarem. A taxa de cobertura vacinal para meninos de 14 anos é de 75,5%, um índice que está próximo da média para a faixa etária, mas ainda é insuficiente.
A imunização contra o HPV se configura como a maneira mais eficaz de prevenir uma série de cânceres, incluindo os de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe. A transmissão do vírus ocorre prioritariamente por meio de relações sexuais, o que justifica a recomendação de que a vacina seja administrada antes do início da vida sexual, entre os 9 e 14 anos. Também é possível contrair a infecção por contato direto com áreas infectadas da pele ou mucosas.
O governo de São Paulo enfatiza a importância da vacinação, não apenas para jovens de 9 a 14 anos, mas também para meninos e meninas de 15 a 19 anos, desde que a imunização ocorra até dezembro de 2025. Além disso, a vacina é recomendada para pessoas de 9 a 45 anos com condições clínicas especiais, como aquelas vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos, pacientes oncológicos, vítimas de abuso sexual e portadores de papilomatose respiratória recorrente.
Para esclarecer dúvidas sobre a vacinação, o governo lançou o portal “Vacina 100 Dúvidas”, que responde às principais perguntas da população, abordando tópicos como efeitos colaterais, eficácia das vacinas e os riscos associados à não imunização. É fundamental que os responsáveis permaneçam informados para que possam tomar a melhor decisão em relação à saúde de seus filhos.