SAÚDE – Calor extremo no Rio provoca ações emergenciais em saúde e segurança, com distribuição de água e monitoramento intensificado até o réveillon.

O calor intenso que vem afetando o Rio de Janeiro nos últimos dias gerou preocupações significativas para as autoridades estaduais, levando à criação de uma força-tarefa destinada a implementar medidas de mitigação em várias áreas, com especial atenção para a saúde pública. A Secretaria de Estado de Saúde, liderada pela secretária Cláudia Mello, destacou que o aumento do fluxo de pessoas na cidade devido ao réveillon torna a situação ainda mais crítica.

Com o objetivo de oferecer um atendimento mais ágil nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a secretaria mobilizou equipes extras para lidar com os sintomas relacionados às altas temperaturas, que incluem desde náuseas até desidratação e confusão mental. Em uma coletiva, Mello ressaltou que o dia 18 de novembro foi o mais devastador em termos de óbitos relacionados ao calor, embora, até agora, não tenham sido registradas mortes associadas a essa onda atual.

Uma das principais iniciativas do governo é a promoção da hidratação. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) começou a distribuir água e gelo em locais estratégicos, como as famosas praias de Copacabana e Ipanema. Além disso, foram instalados pontos de abastecimento de água em terminais de transporte público, criando uma rede de suporte em áreas identificadas como “ilhas de calor” na cidade.

A estratégia de atendimento também inclui a instalação de bebedouros nas unidades de saúde, garantindo que tanto pacientes quanto transeuntes tenham acesso à água potável. Junto a isso, as UPAs seguirão um protocolo específico para o manejo clínico de pacientes que apresentem sintomas de calor extremo.

O monitoramento contínuo das condições climáticas, medidas de segurança nas praias e ações voltadas para grupos vulneráveis também fazem parte da abordagem abrangente do governo. No centro da capital, o atendimento às pessoas em situação de rua começou, reforçando o compromisso com os mais necessitados.

Enquanto isso, a Operação Verão do Corpo de Bombeiros, iniciada no dia 19, já realizou mais de 19 mil resgates, implementando inovações como drones para alertas sobre os riscos de afogamentos. As autoridades continuam a enfatizar a importância da segurança, especialmente no que diz respeito a crianças em praias lotadas.

Apesar do aumento no consumo de água durante o verão, a Cedae garantiu que não há risco de desabastecimento, com o Sistema Guandu funcionando adequadamente. As estratégias adotadas visam não apenas a proteção da população, mas também a preparação para eventuais novos desafios que possam surgir nas próximas semanas.