O progresso na vacinação é notável, considerando que, em 2022, a taxa estava pouco acima de 78%. Além de focar na saúde das meninas, o Brasil expandiu sua abordagem, incluindo meninos na imunização. Nos últimos dois anos, a cobertura vacinal entre os meninos subiu de 45,46% para 67,26%. Além disso, o Ministério da Saúde lançou uma abordagem de resgate vacinal, ao identificar que em 2024 cerca de 7 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos não haviam sido vacinados contra o HPV.
Em fevereiro de 2025, uma nova campanha foi criada, focando a vacinação de 2,95 milhões de adolescentes em 121 municípios com maior índice de não vacinados. Contudo, os resultados ainda são preocupantes: até recentemente, apenas 106 mil jovens desse grupo etário foram imunizados. Estados como São Paulo e Rio de Janeiro iniciaram estratégias para aumentar a adesão nesta faixa etária, prevendo que esses esforços possam gerar uma melhora nas próximas semanas.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) expressou sua preocupação com esses números e destacou a importância da comunicação eficaz para sensibilizar os jovens. Especialistas da SBIm apelam para intensificar os esforços informativos, enfatizando que muitos jovens ainda desconhecem a relação entre a vacina e a prevenção do câncer.
Estima-se que o HPV seja responsável por 99% dos casos de câncer de colo do útero, e a vacina, mais eficaz quando administrada antes do início da vida sexual, é essencial nessa luta. Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) já distribuiu mais de 75 milhões de doses, com a vacinação passando a ser feita em dose única a partir de 2024.
Em julho de 2025, uma nova legislação foi sancionada, criando a Política Nacional para Enfrentamento do HPV, que estabelece medidas de saúde pública focadas na prevenção, detecção e tratamento do vírus. Além disso, a SBIm estará abordando o tema em um evento nacional em setembro, reafirmando a importância de unir esforços para alcançar as metas de vacinação e garantir a saúde da população.
