Segundo Denise Suguitani, diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, a maioria dos casos de prematuridade poderia ser prevenida através de fatores como acesso à saúde e educação. A falta de planejamento familiar, gestações na adolescência e a qualidade do pré-natal são citados como elementos determinantes para ocorrência de partos prematuros.
A obstetra Joeline Cerqueira, da Febrasgo, aponta que algumas condições, como infecções, ruptura prematura da bolsa e síndromes hipertensivas na gestação, podem ser identificadas durante o pré-natal e tratadas para minimizar o risco de parto prematuro e outras complicações. A importância do início precoce do pré-natal, avaliação dos fatores de risco e realização dos exames recomendados no tempo correto são destacados como medidas preventivas.
A hipertensão durante a gestação é apontada como uma das principais causas de complicações, sendo responsável por um quarto dos partos prematuros no Brasil. O monitoramento da pressão arterial durante as consultas de pré-natal é essencial para prevenir desfechos negativos, e a detecção precoce de possíveis complicações pode contribuir significativamente para a saúde materna e perinatal.
A prematuridade apresenta consequências significativas, com taxas de mortalidade e de sequelas em bebês nascidos prematuramente. No entanto, histórias de superação, como a de Yngrid Antunes Louzada, cujos filhos gêmeos sobreviveram após um parto prematuro de 27 semanas, evidenciam a importância do acompanhamento e do suporte multidisciplinar no tratamento de bebês prematuros.
O impacto emocional e social da prematuridade também é ressaltado, destacando a necessidade de assistência social e suporte familiar para garantir o bem-estar não apenas dos bebês, mas também dos pais e cuidadores. O cuidado contínuo e o acompanhamento especializado são fundamentais para proporcionar o melhor desenvolvimento e qualidade de vida para os bebês prematuros.
