O ministro também mencionou o fortalecimento das colaborações com instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, ambos fundamentais para o avanço da ciência e tecnologia em saúde no país. De acordo com Padilha, o Brasil está formando parcerias estratégicas com outros membros do Brics, o que inclui acordos com empresas na China para validar e impulsionar a produção de vacinas mRNA.
Em contraste, Padilha denunciou recentes medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos, que, sob a presidência de Donald Trump, cancelou contratos para a produção de vacinas de RNA mensageiro. Ele classificou essa atitude como “absurda”, apontando que tais decisões prejudicam os avanços científicos e a cooperação internacional. O ministro também trouxe à tona os cortes de investimento realizados por Trump em universidades que desenvolvem pesquisas nesta área.
Diante desse cenário, Padilha afirmou que, enquanto os Estados Unidos retrocedem, o Brics e o Brasil se comprometem a investir na ciência e desenvolver novas plataformas de vacinas. Ele destacou a importância de recursos próprios e de uma estratégia coletiva que envolva todos os países integrantes do bloco.
A vacinação com mRNA é uma inovação que instrui as células do organismo a produzir proteínas específicas que geram uma resposta imunológica. Após essa interação, o mRNA é eliminado do corpo, e, segundo o Ministério da Saúde, não há permanência de componentes da vacina no organismo. Além disso, enfatizou que essas vacinas não têm efeito sobre o DNA e não interferem nos processos biológicos naturais, exceto para fortalecer a defesa imunológica.
Padilha concluiu que o Brasil está determinado a ocupar um espaço relevante na produção de vacinas inovadoras, especialmente no que se refere ao mRNA, através de articulações dentro do Brics e investimentos em tecnologia de saúde.