SAÚDE – Brasil Se Destaca como Polo Produzidor de Vacinas de mRNA, Afirma Ministro da Saúde durante Reunião do Brics. Parcerias Fortalecem Iniciativas no Setor.

Na última terça-feira, 17 de outubro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, revelou as intenções do Brasil de se firmar como um dos principais centros de produção de vacinas baseadas na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Durante uma coletiva de imprensa vinculada à 15ª Reunião de Ministros da Saúde do Brics, Padilha destacou a importância das vacinas desenvolvidas durante a pandemia de covid-19. Ele ressaltou que essas vacinas demonstraram uma capacidade extraordinária de adaptação a novos patógenos, o que as torna crucial em períodos de emergência sanitária.

O ministro também mencionou o fortalecimento das colaborações com instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, ambos fundamentais para o avanço da ciência e tecnologia em saúde no país. De acordo com Padilha, o Brasil está formando parcerias estratégicas com outros membros do Brics, o que inclui acordos com empresas na China para validar e impulsionar a produção de vacinas mRNA.

Em contraste, Padilha denunciou recentes medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos, que, sob a presidência de Donald Trump, cancelou contratos para a produção de vacinas de RNA mensageiro. Ele classificou essa atitude como “absurda”, apontando que tais decisões prejudicam os avanços científicos e a cooperação internacional. O ministro também trouxe à tona os cortes de investimento realizados por Trump em universidades que desenvolvem pesquisas nesta área.

Diante desse cenário, Padilha afirmou que, enquanto os Estados Unidos retrocedem, o Brics e o Brasil se comprometem a investir na ciência e desenvolver novas plataformas de vacinas. Ele destacou a importância de recursos próprios e de uma estratégia coletiva que envolva todos os países integrantes do bloco.

A vacinação com mRNA é uma inovação que instrui as células do organismo a produzir proteínas específicas que geram uma resposta imunológica. Após essa interação, o mRNA é eliminado do corpo, e, segundo o Ministério da Saúde, não há permanência de componentes da vacina no organismo. Além disso, enfatizou que essas vacinas não têm efeito sobre o DNA e não interferem nos processos biológicos naturais, exceto para fortalecer a defesa imunológica.

Padilha concluiu que o Brasil está determinado a ocupar um espaço relevante na produção de vacinas inovadoras, especialmente no que se refere ao mRNA, através de articulações dentro do Brics e investimentos em tecnologia de saúde.

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