A preocupação com o aumento dos casos de febre do Oropouche foi destacada pelo secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio. Ele ressaltou que quase 95% dos casos ocorreram no Espírito Santo, o que representa um aumento significativo em relação ao verão anterior.
Além dos casos mencionados, outros registros da doença foram feitos em outros estados, como Paraíba (7), Ceará (1), Paraná (1) e Roraima (1).
A febre do Oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus e foi identificada no Brasil pela primeira vez em 1960. A doença é transmitida principalmente pelo vetor Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo urbano, também pode ser transmitida pelo mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo.
Os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Em casos mais graves, a doença pode evoluir para manifestações no sistema nervoso central e até mesmo levar à morte, como foi o caso de duas mortes registradas na Bahia em 2024.
Com o aumento dos casos da doença e a preocupação das autoridades de saúde, é importante que a população esteja atenta aos sintomas e busque atendimento médico em caso de suspeita de infecção por febre do Oropouche. Medidas de prevenção, como o controle de vetores e o uso de repelentes, também são fundamentais para evitar a propagação da doença.