Os números revelam que a faixa etária mais afetada pela mpox está entre 30 e 39 anos, com 751 casos, seguida pelos grupos de 18 a 29 anos, com 496 casos, e 40 a 49 anos, com 275 casos. A predominância masculina também chama a atenção, já que os homens representam 81% dos casos confirmados, sendo que 70% deles relataram ter relações sexuais com outros homens.
Além disso, o recorte de raça e cor aponta que 46% dos casos de mpox no Brasil atingem a população branca, seguido por pardos com 29% e pretos com 11%. O Sudeste do país lidera o ranking de regiões com o maior número de infecções, somando 1.269 casos, seguido pelo Nordeste com 137 casos, Centro-Oeste com 97, Norte com 712 e Sul com 61.
A situação da mpox também preocupa a nível global, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a convocar uma reunião de emergência para discutir a situação. Desde o início do ano, foram confirmados 109.699 casos da doença em todo o mundo, com 236 mortes registradas. A África é o continente mais afetado, com 11.148 casos confirmados e 46.794 casos suspeitos.
A detecção de uma nova variante da doença, conhecida como 1b, em países como Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue, aumenta ainda mais a preocupação. A OMS alerta que a transmissão local da variante fora da África já foi identificada, evidenciando a necessidade de medidas urgentes para conter a disseminação da mpox.
