SAÚDE – Brasil pretende alcançar certificação internacional por eliminação da transmissão vertical do HIV, com taxa de transmissão abaixo de 2% em 2023.



Na última terça-feira, 3 de outubro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) um relatório que revela avanços significativos na redução da transmissão do HIV de mães para filhos, também conhecida como transmissão vertical. Esse evento ocorreu durante o XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, o XI Congresso Brasileiro de Aids e o VI Congresso Latino-Americano de IST/HIV/Aids, realizados no Rio de Janeiro.

Os dados contidos no relatório são promissores: em 2023, a taxa de transmissão do vírus foi inferior a 2%, e a incidência de HIV em crianças caiu para menos de 0,5 casos por mil nascidos vivos. Com esses resultados, o Brasil busca a certificação internacional de eliminação da transmissão vertical do HIV, posição que, se confirmada, colocará o país entre os 20 do mundo que atingiram esse feito.

Em sua fala, Padilha enfatizou a importância da colaboração entre os profissionais da saúde, estados e municípios, além da reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a liderança do presidente Lula e da ministra Nísia Trindade. O ministro ressaltou que essas conquistas são resultado de um esforço coletivo que não deve ser desconsiderado.

Cristian Morales, representante da OPAS no Brasil, celebrou os resultados alcançados, mencionando as milhares de mulheres que agora têm a chance de se tornarem mães, livrando suas crianças do risco de contrair HIV. No entanto, Morales também alertou para os desafios futuros, especialmente em garantir um financiamento contínuo para manter e expandir esses resultados positivos.

O Ministério da Saúde destacou que, em 2023, a taxa de mortalidade por AIDS foi de 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, o que representa a menor taxa desde 2013. A cobertura de consultas pré-natais e testagem de HIV em gestantes teve uma taxa de adesão superior a 95% nos últimos dois anos.

Além disso, estratégias de prevenção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), foram sublinhadas, com mais de 184 mil usuários registrados em 2025. A distribuição gratuita de medicamentos pelo SUS é considerada essencial para a prevenção da infecção por HIV. Outra medida eficaz é a ampliação dos testes rápidos de dupla detecção para HIV e sífilis, com prioridade para gestantes, o que reforça o compromisso do Brasil na luta contra a transmissão do HIV e a manutenção da saúde da população.

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