No evento, que marcou a primeira reunião dos institutos nacionais de saúde pública no âmbito do G20, a ministra ressaltou que as ondas de calor não afetam apenas a saúde humana, mas também têm impacto nas condições de pesca, no ar e na biodiversidade. Ela enfatizou a necessidade de se preparar para lidar com essas questões tanto no âmbito do G20 quanto na COP 30.
Com o Brasil enfrentando ondas de calor em diversas regiões e sofrendo com a pior seca em mais de 70 anos, a atenção para esses temas se torna cada vez mais urgente. Além disso, o país está lidando com focos de incêndio em diversas unidades da federação.
A conferência de institutos nacionais de saúde pública tem como eixos prioritários as mudanças climáticas e saúde, preparação e resposta a emergências de saúde, saúde digital e equidade no acesso à saúde. A ministra Nísia Trindade destacou a importância desses temas e ressaltou a necessidade de uma abordagem global para lidar com questões de saúde pública.
O evento conta com a participação de diversas instituições, como a Fiocruz e os CDCs de vários países, que desempenham um papel fundamental na detecção de epidemias. A presença do CDC – África no evento é relevante, considerando a declaração de emergência em saúde para a mpox no continente africano.
A conferência contribuirá para a elaboração de uma declaração que será encaminhada aos ministros da Saúde do G20. O objetivo é que as prioridades discutidas no evento cheguem até os chefes de Estado dos países membros do grupo. A presidência brasileira do G20 vai até a reunião de cúpula em novembro, sendo seguida pela África do Sul.