SAÚDE – Brasil em Alerta: Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave Aumentam Entre Crianças e Idosos, Segundo Boletim da Fiocruz



O Boletim InfoGripe, de responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), trouxe uma análise preocupante sobre a situação das síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) no Brasil. De acordo com o documento, as ocorrências dessa condição, provocada principalmente pelo vírus da Influenza A e pelo vírus sincicial respiratório (VSR), continuam em níveis alarmantes em todo o país.

Nos últimos dois meses, a taxa de mortalidade por SRAG tem se mostrado semelhante entre crianças e idosos, com um destaque para os óbitos relacionados à Influenza A principalmente na população mais velha. Enquanto isso, entre as crianças, a situação é preocupante com um aumento na incidência e mortalidade por rinovírus e Influenza A. Esses dados referem-se ao período epidemiológico compreendido entre 25 e 31 de maio.

Tatiana Portella, uma das pesquisadoras envolvidas na elaboração do boletim, observou que, embora haja um aumento nas ocorrências, alguns estados das regiões Centro-Sul e Norte, além do Ceará, apresentam sinais de uma possível estabilização. No entanto, o número de casos continua elevado nessas áreas. Portella reforçou a importância da vacinação, especialmente entre grupos vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades, como uma medida eficaz de prevenção.

Os dados ainda indicam que os casos de SRAG são mais pronunciados entre crianças de até quatro anos, impulsionados, em grande parte, pelo VSR, embora o rinovírus e a Influenza A também tenham sua contribuição nesse cenário. A pesquisa mostra que a Influenza A é um fator significativo para o aumento de hospitalizações entre idosos com 65 anos ou mais, além de afetar adultos e jovens a partir dos 15 anos.

No aspecto geográfico, o boletim evidencia que 25 das 27 unidades da federação estão em estado de alerta, apresentando risco elevado ou alto de incidência de SRAG. Entre essas, incluem-se estados como Acre, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Adicionalmente, 15 capitais também foram identificadas com níveis de atividade de SRAG preocupantes, incluindo cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador, que estão enfrentando um crescimento nas tendências de longo prazo. Essa situação demanda atenção redobrada das autoridades de saúde e uma mobilização ainda maior da população para que medidas preventivas sejam adotadas com urgência.

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