Vale lembrar que o governo federal já havia declarado a condição em maio do ano anterior, uma medida que reflete o trabalho contínuo de erradicação da febre aftosa no país. A validação internacional é considerada um marco, não apenas para a pecuária brasileira, mas também para o fortalecimento da competitividade do Brasil no cenário global. O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, a senadora Tereza Cristina, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e Marcelo Bertoni, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul), participaram da sessão em Paris, ressaltando a união entre o setor público e privado para atingir esse objetivo.
A CNA emitiu um comunicado enfatizando que o reconhecimento internacional reafirma o compromisso dos produtores rurais com a saúde dos seus rebanhos e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado. Para a entidade, o status livre da doença é resultado de um esforço coletivo desenvolvido ao longo de muitos anos, que incluiu ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, em consonância com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).
A retirada da vacinação foi implementada de forma segura, com análises detalhadas mostrando a ausência do vírus no Brasil. Apesar dessa conquista, a CNA garantiu que as medidas de vigilância e controle sanitário continuarão rigorosas. Os pecuaristas desempenham um papel crucial nesse processo, sendo responsáveis por notificar as autoridades competentes sobre qualquer suspeita de doença.
Por sua vez, a Famasul também celebrou o reconhecimento, destacando que essa chancela representa uma consolidação do trabalho conjunto entre federações, produtores e governos, estabelecendo um precedente positivo para a pecuária em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil. A entidade ressaltou que o status livre da febre aftosa coloca o Brasil em posição competitiva com grandes exportadores, como Estados Unidos, Austrália e países da União Europeia.
A febre aftosa é conhecida mundialmente por seu potencial devastador na pecuária, causando prejuízos econômicos significativos. O combate à doença tem sido uma prioridade desde 1950, quando o Brasil iniciou sua luta oficial contra a enfermidade, culminando com a criação do PNEFA em 2017, com o objetivo de erradicação total previsto para 2026. Essa nova conquista representa um passo importante nessa jornada.
