Padilha informou que, nesta semana, representantes da OMS e do Conselho da Unaids visitariam o Brasil para a entrega oficial da certificação que atesta essa conquista. Em sua declaração, o ministro enfatizou que tal êxito é fruto dos avanços do Sistema Único de Saúde (SUS), que possibilitou acesso a testes rápidos nas unidades básicas de saúde e às medicações necessárias durante o pré-natal para gestantes com HIV.
O ministro destacou que a realidade do Brasil mudou radicalmente nas últimas décadas. Antigamente, o país contava com iniciativas filantrópicas que cuidavam de órfãos de pais que haviam falecido em decorrência da AIDS. Padilha expressou sua satisfação ao afirmar que hoje não existem mais abrigos para bebês nascidos com HIV, simbolizando o impacto positivo das políticas de saúde implementadas.
Além do reconhecimento internacional, Padilha também falou sobre iniciativas que a pasta da Saúde está promovendo em relação às apostas eletrônicas. Ele introduziu o Observatório Saúde de Apostas Eletrônicas, que visa abordar os riscos à saúde mental associados a estas atividades. Uma das ações mais relevantes é a criação de um aplicativo, denominado Meu SUS Digital, que permite ao cidadão bloquear suas contas em sites de apostas facilmente.
O ministro ressaltou que estudos feitos pela sua equipe mostraram que muitos indivíduos preferem buscar atendimento psicológico online, em vez de se dirigirem a Centros de Atenção Psicossocial, onde a disponibilidade para atendimentos dessa natureza é reduzida. A expectativa é que, até o final do ano, os atendimentos relacionados ao tema cheguem a cinco mil.
Com essas iniciativas, o governo brasileiro demonstra um compromisso contínuo com a melhoria da saúde pública e a prevenção de problemas associados a novas realidades sociais. O reconhecimento da OMS, portanto, é não apenas um prêmio pelo passado, mas um incentivo para que o país continue avançando em diversas frentes.
