Localizada no Paraná, a nova biofábrica conta com uma equipe de 70 colaboradores e possui a capacidade de produzir impressionantes 100 milhões de ovos de mosquito semanalmente. Inicialmente, a produção será direcionada exclusivamente ao Ministério da Saúde, que está encarregado de selecionar as localidades mais impactadas pelas arboviroses para a aplicação desse método inovador. Esse processo leva em consideração mapas de incidência das doenças transmitidas pelo Aedes, um passo crucial na estratégia de saúde pública.
Desde 2014, o método Wolbachia tem sido testado no Brasil, com liberações iniciais em áreas do Rio de Janeiro. Desde então, a tecnologia se expandiu para seis outras cidades, incluindo Londrina e Foz do Iguaçu, em seu estado natal, bem como capitais como Belo Horizonte e Campo Grande. Atualmente, a técnica está sendo implantada em cidades como Presidente Prudente, Uberlândia e Natal, com planos para outras regiões, incluindo Balneário Camboriú e Brasília, já em fase de comunicação com a população.
Vale ressaltar que a biofábrica enfatiza a segurança do método, que não utiliza mosquitos geneticamente modificados, funcionando em harmonia com medidas tradicionais de controle de pragas. A estratégia de liberação de mosquitos com a Wolbachia não apenas busca reduzir a transmissão das doenças, mas também promete economia significativa para o sistema de saúde. Cada real investido nesse método pode resultar em uma redução de custos, com estimativas que variam de R$ 43,45 até R$ 549,13 em economia em tratamentos e internações.
Na cerimônia de inauguração, o ministro da Saúde ressaltou a importância dessa parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), destacando que o Brasil se posiciona na vanguarda dessa tecnologia global. O método, que já tem sido implementado com sucesso em diversos países, promete representar um marco na luta contra arboviroses, oferecendo esperanças renovadas para a saúde pública no Brasil e no mundo.