Os dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses apontam que, somente em 2024, o Espírito Santo registrou 152,8 mil casos prováveis de dengue, com 40 mortes confirmadas e sete em investigação. O coeficiente de incidência no estado é de aproximadamente 4 mil casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes.
Além disso, dos 9,6 mil casos de febre do Oropouche registrados no país neste ano, o Espírito Santo apresenta 1.763 casos. No que se refere à chikungunya, dos 363,5 mil casos prováveis no Brasil, o estado concentra 13.309, e em relação à zika, foram identificadas 516 infecções entre os 6,4 mil casos prováveis.
Recentemente, o Ministério da Saúde promoveu uma reunião com gestores estaduais e especialistas em vigilância e assistência de diversos estados para discutir a situação epidemiológica das arboviroses e ações de prevenção. O encontro teve como foco alinhar estratégias de controle dessas doenças no Brasil.
O estado do Espírito Santo foi um dos principais temas da reunião devido ao aumento significativo de casos, o que levantou preocupações sobre a rápida disseminação das arboviroses. Houve discussões sobre a eficácia das ações de vigilância e a necessidade de reforçar o controle dos vetores transmissores.
Em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os desafios estão relacionados à sobrecarga do sistema de saúde durante epidemias. Cada estado vem adotando medidas para melhorar o planejamento de resposta e a capacidade de diagnóstico, além de investir em parcerias para fortalecer a vigilância e o controle das doenças transmitidas por vetores.
Assim, o compromisso com o fortalecimento da rede de vigilância, a melhoria da comunicação entre as esferas de saúde e a implementação de práticas baseadas em evidências científicas para o controle das arboviroses foi reforçado ao final da reunião pelo Ministério da Saúde. A situação exige atenção e ação coordenada para lidar com a crescente ameaça dessas doenças no país.