A situação alerta as autoridades de saúde: até agora, uma morte foi confirmada em decorrência da intoxicação por metanol em São Paulo, mas outras sete mortes estão sob investigação, sendo duas em Pernambuco e cinco no estado paulista. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descreveu a conjuntura como “anormal”, destacando que os números atuais superam a média anual de 20 casos registrados no Brasil, conforme dados históricos.
Essas ocorrências têm gerado um interesse crescente por parte das autoridades policiais, que estão investigando uma possível conexão com atividades de organizações criminosas, especialmente relacionadas à adulteração de bebidas alcoólicas. Para enfrentar essa crise de saúde pública, o Ministério da Saúde lançou uma Sala de Situação em caráter extraordinário, que reúne equipes técnicas de diversos ministérios, incluindo Justiça e Segurança Pública, e representantes de órgãos importantes como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Essa Sala de Situação terá como função monitorar os casos de intoxicação, promovendo uma análise sistemática das ocorrências suspeitas. A proposta inclui planejamento, organização e coordenação das medidas que deverão ser adotadas enquanto houver risco sanitário. As equipes trabalharão em conjunto para formular respostas eficientes diante da intoxicação por metanol, buscando mitigar os impactos sobre a saúde pública e garantir a segurança da população.
É fundamental que a população esteja atenta e siga as orientações das autoridades de saúde, evitando o consumo de bebidas alcoólicas de origem desconhecida ou suspeita, a fim de prevenir novas ocorrências de intoxicação. A colaboração da sociedade será crucial neste momento delicado, à medida que as investigações e ações preventivas estão em andamento.