SAÚDE – Aumento de Casos de Febre do Nilo Ocidental na Europa Preocupa Autoridades Sanitárias

Um total de 69 casos humanos de febre do Nilo Ocidental foi relatado por oito países europeus entre janeiro e 31 de julho deste ano, resultando em oito mortes. A ocorrência da doença foi documentada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), que destacou um número preocupante de casos na Grécia e na Espanha, em comparação a anos anteriores.

Os casos foram distribuídos da seguinte maneira: Grécia contabilizou 31 casos, Itália 25, Espanha 5, Áustria 2, Hungria 2, Sérvia 2, França 1 e Romênia 1. No que diz respeito às fatalidades, elas ocorreram predominantemente na Grécia, com cinco mortes, seguidas pela Itália com duas e Espanha com uma.

Em uma recente declaração, o ECDC observou que, embora o número total de casos este ano esteja dentro do esperado, o aumento de diagnósticos na Grécia e na Espanha é notável. “Os indicadores clínicos e de gravidade também não diferem dos anos anteriores”, afirmou o centro. As regiões afetadas este ano já haviam sido identificadas previamente, ou estavam localizadas próximas a áreas que registraram casos anteriormente, conforme destacou a instituição.

Uma razão central para o aumento de casos relata-se às condições climáticas favoráveis, que podem incentivar a proliferação do vetor da doença, o mosquito do gênero Culex. Assim, espera-se que novos casos de febre do Nilo Ocidental em humanos sejam reportados nas próximas semanas e meses.

A febre do Nilo Ocidental é causada por um vírus transmitido principalmente pela picada de mosquitos infectados do gênero Culex. Aves silvestres atuam como hospedeiros naturais, amplificando o vírus e servindo como fonte de infecção para os mosquitos. Humanos, equinos, primatas e outros mamíferos podem ser ocasionalmente infectados; no entanto, são considerados hospedeiros acidentais, pois a presença do vírus nesses hospedeiros é de curta duração e não é suficiente para infectar mosquitos, interrompendo o ciclo de transmissão.

A transmissão do vírus pode, raramente, ocorrer através de outros meios, como transfusões de sangue, transplantes de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária. Quanto à infecção, a febre do Nilo Ocidental pode se manifestar de maneira assintomática ou com uma variedade de sintomas, que vão desde casos leves, caracterizados por febre passageira e possíveis sinais de cansaço e dores musculares, até casos mais graves que afetam o sistema nervoso central ou periférico.

O risco de contrair a doença está associado à presença humana em áreas rurais e silvestres onde os mosquitos infectados estão presentes, destacando a importância de medidas preventivas em tais ambientes. O monitoramento constante e informado pela ECDC é crucial para controlar e mitigar os impactos desta doença emergente no continente europeu.

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