Os casos foram distribuídos da seguinte maneira: Grécia contabilizou 31 casos, Itália 25, Espanha 5, Áustria 2, Hungria 2, Sérvia 2, França 1 e Romênia 1. No que diz respeito às fatalidades, elas ocorreram predominantemente na Grécia, com cinco mortes, seguidas pela Itália com duas e Espanha com uma.
Em uma recente declaração, o ECDC observou que, embora o número total de casos este ano esteja dentro do esperado, o aumento de diagnósticos na Grécia e na Espanha é notável. “Os indicadores clínicos e de gravidade também não diferem dos anos anteriores”, afirmou o centro. As regiões afetadas este ano já haviam sido identificadas previamente, ou estavam localizadas próximas a áreas que registraram casos anteriormente, conforme destacou a instituição.
Uma razão central para o aumento de casos relata-se às condições climáticas favoráveis, que podem incentivar a proliferação do vetor da doença, o mosquito do gênero Culex. Assim, espera-se que novos casos de febre do Nilo Ocidental em humanos sejam reportados nas próximas semanas e meses.
A febre do Nilo Ocidental é causada por um vírus transmitido principalmente pela picada de mosquitos infectados do gênero Culex. Aves silvestres atuam como hospedeiros naturais, amplificando o vírus e servindo como fonte de infecção para os mosquitos. Humanos, equinos, primatas e outros mamíferos podem ser ocasionalmente infectados; no entanto, são considerados hospedeiros acidentais, pois a presença do vírus nesses hospedeiros é de curta duração e não é suficiente para infectar mosquitos, interrompendo o ciclo de transmissão.
A transmissão do vírus pode, raramente, ocorrer através de outros meios, como transfusões de sangue, transplantes de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária. Quanto à infecção, a febre do Nilo Ocidental pode se manifestar de maneira assintomática ou com uma variedade de sintomas, que vão desde casos leves, caracterizados por febre passageira e possíveis sinais de cansaço e dores musculares, até casos mais graves que afetam o sistema nervoso central ou periférico.
O risco de contrair a doença está associado à presença humana em áreas rurais e silvestres onde os mosquitos infectados estão presentes, destacando a importância de medidas preventivas em tais ambientes. O monitoramento constante e informado pela ECDC é crucial para controlar e mitigar os impactos desta doença emergente no continente europeu.