Apesar de alguns estados, como Acre, Tocantins e Espírito Santo, começarem a dar sinais de estabilização ou possível redução no número de casos, as taxas de hospitalização por SRAG nesses locais continuam elevadas. Os dados analisam especificamente a Semana Epidemiológica 23, que ocorreu entre 1º e 7 de junho.
Especialistas apontam que a influenza A, embora afete diversas faixas etárias, tem causado um impacto desproporcional nos idosos, grupo já vulnerável. O VSR, por sua vez, é uma das principais causas de internações entre crianças, complicando ainda mais o quadro. Com isso, a vacinação contra a gripe se torna uma ferramenta essencial para prevenir não apenas casos graves, mas também fatalidades. A pesquisadora Tatiana Portella destaca a necessidade de uma boa cobertura vacinal e recomenda que, ao manifestar sintomas de gripe, as pessoas usem máscaras em locais fechados e lotados.
Os dados também indicam um crescimento nos casos de SRAG em crianças pequenas, principalmente devido ao VSR, embora haja sinais de estabilização em algumas áreas do Centro-Oeste e Sudeste. Contudo, a situação continua crítica, com altos índices de casos.
Além disso, a análise dos últimos quatro períodos epidemiológicos mostra que 40% dos casos positivos se devem à influenza A, enquanto o VSR representa 45,5%. Em termos de óbitos, a influenza A é responsável por 75,4% das mortes associadas a esses vírus.
Em cidades como Aracaju, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, o crescimento do número de casos tanto entre idosos quanto entre jovens e adultos é notório, reforçando a urgência de medidas de contenção e prevenção eficazes.