O boletim utiliza dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 14 deste mês e aponta um aumento de casos de rinovírus, mesmo com o cenário estável em relação às Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) de modo geral. Marcelo Gomes também ressalta que foi identificado um sinal de aumento de casos ligados ao rinovírus em Roraima e nas capitais Boa Vista e Porto Alegre entre as crianças menores de 2 anos de idade. Ele destaca a importância de os estados continuarem a coleta e o envio de amostras, a fim de manter a capacidade de vigilância genômica do Sars-CoV-2 em todo o país.
O boletim ainda aponta que o Acre apresenta um volume expressivo de novos casos semanais de SRAG, porém sem aumento significativo. No Rio de Janeiro, tanto no estado quanto na capital, não há indicação de aumento, apenas pequenas oscilações. Por outro lado, quatro capitais apresentam alta de casos: Belém, Boa Vista, Natal e Porto Alegre. Também houve um ligeiro crescimento na população com mais de 65 anos na capital gaúcha.
Em relação à prevalência, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os vírus mais comuns entre os casos positivos para vírus respiratórios foram o vírus sincicial respiratório (25,2%), Sars-CoV-2/Covid-19 (22,3%), influenza A (5%) e influenza B (2,5%). Já entre os óbitos registrados, a presença desses mesmos vírus positivos foi de Sars-CoV-2/Covid-19 (52,6%), vírus sincicial respiratório (10,5%), influenza A (9,2%) e influenza B (6,6%).
No ano epidemiológico de 2023, já foram notificados 121.214 casos de SRAG, sendo que 38,9% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 48,9% foram negativos e pelo menos 6,7% ainda aguardam resultado laboratorial. Entre os casos positivos deste ano, 9,2% são influenza A, 4,9% são influenza B, 40,7% são vírus sincicial respiratório (VSR) e 30,6% são Sars-CoV-2 (covid-19). Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 5% influenza A, 2,5% influenza B, 25,2% vírus sincicial respiratório e 22,3% Sars-CoV-2 (covid-19).
É importante ressaltar que o boletim não indica que esses casos estejam relacionados a uma retomada da covid-19 nessas faixas etárias ou ao vírus Influenza, mas sim a um aumento no número de casos e internações associados ao rinovírus.