A forte evidência dessa problematização ocorre principalmente em óticas e outros estabelecimentos comerciais. O cenário aponta não apenas para a ilegalidade desses serviços, mas também para um grave risco à saúde pública. O CBO ressalta a importância de a população se manter informada e desconfiar de soluções que prometem atendimentos rápidos e fáceis, enfatizando a necessidade de buscar sempre médicos oftalmologistas devidamente qualificados.
Os dados divulgados pelo CBO refletem uma realidade alarmante, onde a falta de formação adequada pode colocar em risco a saúde ocular de muitos brasileiros. O consórcio destaca que os exames oftalmológicos precisam ser realizados apenas por profissionais habilitados, portadores de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
Além da qualificação dos profissionais, a entidade destaca que os locais onde são realizados esses atendimentos devem seguir as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse controle garante que pacientes recebam cuidados adequados, com segurança e eficiência, aspectos que muitas vezes são negligenciados em atendimentos realizados por pessoas não habilitadas.
Essas preocupações estarão em pauta no 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que acontece em Curitiba. O evento, que começa nesta quarta-feira e se estende até sábado, reunirá especialistas, pesquisadores e representantes de inovações tecnológicas na saúde ocular, focando na importância da regulamentação e profissionalização da prática oftalmológica no Brasil. O objetivo é reforçar a necessidade de fortalecer a defesa da saúde ocular e garantir que os pacientes tenham acesso a serviços de qualidade e segurança. A discussão sobre esse tema se faz ainda mais relevante diante do crescente número de denúncias que têm surgido nos últimos anos.
