SAÚDE – Aumenta alerta para influenza A: principal causa de mortes por SRAG entre idosos e crescente em crianças, segundo boletim da Fiocruz.

Recentemente, um alerta vindo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chamou a atenção para a gravidade da situação relacionada ao vírus da influenza A no Brasil. Em seu boletim, a instituição destacou que essa cepa do vírus tornou-se a principal causa de mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos, além de figurar entre os três principais responsáveis por óbitos entre crianças. Este cenário é alarmante e demanda uma resposta rápida das autoridades e da população.

O boletim também revela um aumento nas hospitalizações devido ao vírus influenza A em diversas regiões do país. Os estados do Centro-Sul e as áreas do Norte e Nordeste estão enfrentando níveis moderados a altos de incidência, o que indica uma circulação significativa do vírus. Essa elevação nos casos tem se refletido em um aumento preocupante de SRAG, especialmente nas crianças pequenas, que sofrem também com a interação de outros vírus, como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Embora alguns locais nas regiões Centro-Oeste e Sudeste estejam observando uma desaceleração no número de casos de SRAG em crianças, a especialista Tatiana Portella alerta que isso não deve levar a um relaxamento das medidas de precaução. A mortalidade em crianças devido à SRAG já se aproxima da taxa observada entre os idosos, o que reforça a urgência em manter os cuidados de saúde. À medida que o VSR se mantém como a principal causa de mortes entre as crianças, a influenza A continua a ser uma preocupação significativa, especialmente para a saúde dos grupos mais vulneráveis.

Portella recomenda que pessoas nos grupos de risco se vacinem imediatamente contra a influenza. A vacinação é considerada a medida mais eficaz para prevenir a hospitalização e, consequentemente, as mortes decorrentes da doença. Adicionalmente, a especialista enfatiza a importância do uso de máscaras, principalmente em ambientes de saúde e locais com grande concentração de pessoas, podendo ser um fator crucial na mitigação da disseminação do vírus.

Os dados destacados no boletim revelam que, em um panorama mais amplo, 15 das 27 unidades federativas estão em alerta ou risco alto quanto à incidência de SRAG, com crescimento nas tendências de longo prazo. Entre os estados mais atingidos estão Acre, Amazonas, Bahia e São Paulo, entre outros. Enquanto isso, outros estados ainda apresentam níveis de alerta, mas sem sinais de crescimento, o que significa que a vigilância e as intervenções continuam sendo fundamentais em todo o país para controlar o avanço da doença.

Diante desse quadro preocupante, a mobilização da sociedade e das autoridades de saúde é essencial para conter a propagação da influenza A e proteger os grupos mais vulneráveis, especialmente crianças e idosos.

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