De acordo com informações divulgadas pela ANS, o Tibsovo é recomendado para pacientes adultos com câncer localmente avançado ou metastático que possuem uma mutação específica no gene IDH1 e que já passaram por pelo menos uma linha anterior de terapia sistêmica. Um estudo chamado Claridhy Trial, publicado na revista The Lancet em 2020, demonstrou que o uso do ivosidenibe reduziu em 63% o risco de progressão ou óbito em pacientes com essa mutação, mostrando resultados promissores.
O colangiocarcinoma é uma forma rara de câncer que atinge os ductos biliares intra e extra-hepáticos, representando cerca de 15% dos tumores hepáticos primários. Segundo a ANS, aproximadamente 70% dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados da doença, devido à ausência de sintomas nas fases iniciais e à rápida progressão do câncer.
Com a possibilidade de incluir o Tibsovo na cobertura dos planos de saúde, a ANS abre uma nova perspectiva terapêutica para os pacientes com colangiocarcinoma, que até então não tinham opções de tratamento-alvo disponíveis. A aprovação deste medicamento pela Anvisa em abril de 2024 e sua comercialização em setembro demonstram a eficácia e segurança do tratamento, que já recebeu autorização de outras agências reguladoras ao redor do mundo.
A consulta pública ficará aberta até o dia 25, sendo uma etapa crucial antes da decisão final da agência reguladora. Esta é uma oportunidade para que a sociedade possa se manifestar e contribuir com a definição sobre a inclusão do Tibsovo na cobertura dos planos de saúde. Para participar, basta acessar o link disponibilizado pela ANS.
Esta iniciativa da ANS representa um avanço significativo no tratamento do colangiocarcinoma e pode trazer esperança para os pacientes que enfrentam essa doença rara e agressiva.
