SAÚDE – Amamentação Sustentável: Campanha Enfatiza Importância e Benefícios Ambientais da Prática na Semana Mundial da Amamentação 2023

A campanha deste ano da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) ressalta a relevância do apoio à amamentação no contexto de um futuro mais sustentável e na minimização dos impactos ambientais decorrentes da alimentação artificial. Em um momento onde questões ambientais são cada vez mais críticas, a amamentação aparece como uma alternativa natural que não apenas beneficía a saúde dos bebês, mas também tem um papel importante na preservação do ecossistema.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chama a atenção para o fato de que o aleitamento é uma prática renovável que não produz resíduos e dispensar cadeias industriais que são poluentes. Essa abordagem é vital no combate às mudanças climáticas, pois a produção de fórmulas infantis gera um considerável impacto ambiental.

João Aprígio Guerra de Almeida, coordenador da Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH), enfatiza a necessidade de unir esforços em prol da proteção e promoção da amamentação. Ele ressalta que, ao investir nessa prática, estamos apoiando sistemas de cuidado que favorecem o meio ambiente e, ao mesmo tempo, reiterando compromissos com a saúde pública global. A construção de redes de apoio que sejam sólidas e duradouras é essencial para garantir que as mães e bebês recebam o suporte necessário.

A Rede de Bancos de Leite Humano, articulada pela Fiocruz, tem se mostrado um modelo de cooperação internacional em saúde pública, sendo fundamental na redução da mortalidade neonatal. Ao longo de 2024, estima-se que os 234 bancos de leite e 249 postos de coleta realizaram mais de 2,3 milhões de atendimentos a nutrizes no Brasil, com 460,5 mil atendimentos em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares, destacando a importância desse serviço para enfrentar o desmame precoce.

Além de prestar orientações, a rede também coordena a doação de leite humano, crucial para a sobrevivência de recém-nascidos em Unidades de Terapia Intensivas Neonatais (UTINs), especialmente para aqueles prematuros de baixo peso. Em 2024, a doação de leite atingiu a marca de 245,8 mil litros.

Aumentar as taxas de amamentação não apenas assegura direitos, mas também contribui para a qualidade de vida dos bebês e das mães. Os benefícios da amamentação incluem a redução de infecções respiratórias e gastrointestinais em bebês, bem como a diminuição de riscos de doenças metabólicas e cardiovasculares. Para as mulheres, amamentar acelera a recuperação pós-parto e reduz o risco de desenvolver câncer de mama, entre outras condições. Assim, promover essa prática é garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos.

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