O ministro explicou que os primeiros sinais de intoxicação típicos incluem uma dor abdominal intensa, descrita como cólica, e a percepção de alterações na visão, que podem se manifestar até 24 horas após a ingestão do metanol. Padilha enfatizou que essa dor é distinta da que muitos experimentam após a ingestão de álcool, que é frequentemente confundida com azia ou ressaca. “É uma dor em cólica que deve chamar a atenção”, destacou.
A sequência de sintomas se agrava com a progressão da intoxicação. Após a ingestão, o metanol é metabolizado pelo fígado, gerando substâncias altamente tóxicas como o formaldeído e o ácido fórmico, que podem impactar seriamente o sistema nervoso central. O ministro apontou que essas substâncias podem levar a problemas visuais, como flashes de luz, e até à cegueira. Contudo, ele advertiu que esses efeitos não são imediatos.
Padilha também frisou a importância de uma rápida resposta ao primeiro sinal de sintomas. A condição se torna mais crítica, pois a gravidade dos efeitos varia conforme a hidratação e a alimentação do indivíduo. “Mantenha-se hidratado, isso pode ajudar na eliminação do metanol”, recomendou, destacando que a desidratação pode piorar a situação.
O apelo do ministro se estendeu à população, alertando sobre os riscos associados ao consumo de bebidas de procedência duvidosa. Ao apresentar sintomas, o recomendado é buscar atendimento médico imediato, evitando a automedicação. O acesso a serviços de saúde é crucial, pois modalidades especializadas dispõem de antídotos que podem mitigar os efeitos da intoxicação.
É fundamental compreender que a intoxicação por metanol configura uma emergência médica. Os toxicologistas alertam que, além da visão turva e mal-estar generalizado, a caracterização e o pronto atendimento são essenciais para prevenir desfechos fatais. O ministro concluiu reiterando a importância da conscientização e da assistência médica rápida, dada a gravidade da situação enfrentada em várias regiões, principalmente entre consumidores de bebidas ilícitas.