SAÚDE – Alerta da Opas: Preparação é essencial para uma temporada de influenza mais intensa nas Américas em 2026, com foco em vacinação e monitoramento.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu um alerta na última quinta-feira, indicando a necessidade de preparação dos países da região das Américas para uma possível antecipação ou intensificação da temporada de influenza em 2026. O pronunciamento da Opas se seguiu a um comunicado da Organização Mundial de Saúde (OMS), que destacou o subclado K do Influenza A (H3N2) devido ao aumento de casos observados no Hemisfério Norte, onde se encontra a estação de inverno, momento propício para a circulação do vírus.

O alerta da Opas enfatiza a importância de um monitoramento rigoroso da evolução do vírus, além de reforçar a cobertura vacinal nas comunidades. A organização destaca que é crítico tratar os casos de influenza de maneira eficaz e oportuna, preparando os sistemas de saúde para enfrentar uma potencial carga excessiva durante a referida temporada. As recomendações vão além da vacinação, ressaltando a necessidade de vigilância atenta e de medidas de prevenção eficazes para combate a infecções respiratórias, incluindo a influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR).

É enfatizado que a vacinação contra a influenza é essencial, principalmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes. A Opas alerta que a imunização não apenas protege os indivíduos, mas também alivia a pressão sobre os serviços de saúde, muitos dos quais já enfrentam desafios significativos em sua capacidade de atendimento.

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, reforça que a falta de circulação do vírus em anos anteriores pode resultar em temporadas mais agressivas, já que a população apresenta menor imunidade. Para ele, a alta cobertura vacinal é uma medida crucial para mitigar as consequências da influenza. Ele destaca a importância de garantir que as crianças, idosos, gestantes e indivíduos imunocomprometidos estejam vacinados, uma vez que estes grupos representam uma alta porcentagem dos óbitos associados à doença no Brasil.

Com os países do Hemisfério Norte já enfrentando a temporada de influenza, as observações feitas nesta região podem servir como um indicativo do que o Hemisfério Sul poderá experimentar no ano seguinte. Kfouri menciona que a antecipação no comportamento do vírus nos países do Norte pode prefigurar cenários para o Sul, mas reforça que somente o desenrolar da temporada revelará os seus impactos efetivos.

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