Sapo resgatado com boca colada em ritual no RS morre após cirurgia: caso é investigado como maus-tratos pelo MP.



No último domingo (15), uma triste notícia abalou a comunidade do interior do Rio Grande do Sul: o sapo-cururu que teve a boca colada em um ritual e passou por cirurgia não resistiu e veio a óbito. O animal foi resgatado por uma equipe do Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, que realizou todos os procedimentos necessários para tentar salvá-lo, porém, infelizmente, o esforço foi em vão.

De acordo com a coordenadora do Grupo de Estudos em Animais Silvestres da universidade, Micheli Ataide, o sapo estava com a boca colada, desidratado e desnutrido no momento em que foi resgatado. Foi necessário realizar uma cirurgia para a remoção da cola na boca, além de exames de imagem que identificaram a presença de objetos estranhos no estômago do animal, como cabelos.

Após a estabilização emergencial, o sapo passou por uma cirurgia para abertura do estômago, a fim de remover o corpo estranho. Micheli ressaltou que cirurgias no trato digestório representam um risco maior devido à possibilidade de infecções, mas que, com os recursos médicos adequados e um acompanhamento intensivo, os riscos são minimizados. Infelizmente, no caso do sapo, essas medidas não foram o suficiente para salvar sua vida.

Assim que o animal chegou ao hospital, o caso foi denunciado ao Ministério Público, que está investigando a situação como um possível caso de maus-tratos vinculado a rituais. A prática de colar a boca do sapo e introduzir objetos estranhos em seu organismo é uma forma de ritual, segundo o MP.

A morte do sapo-cururu levanta questões sobre a proteção dos animais e a importância de combater práticas cruéis e irresponsáveis que colocam em risco a vida de seres inocentes. É fundamental que casos como esse sejam investigados e punidos, a fim de garantir o bem-estar de todos os seres vivos em nosso planeta.

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