De acordo com a coordenadora do Grupo de Estudos em Animais Silvestres da universidade, Micheli Ataide, o sapo estava com a boca colada, desidratado e desnutrido no momento em que foi resgatado. Foi necessário realizar uma cirurgia para a remoção da cola na boca, além de exames de imagem que identificaram a presença de objetos estranhos no estômago do animal, como cabelos.
Após a estabilização emergencial, o sapo passou por uma cirurgia para abertura do estômago, a fim de remover o corpo estranho. Micheli ressaltou que cirurgias no trato digestório representam um risco maior devido à possibilidade de infecções, mas que, com os recursos médicos adequados e um acompanhamento intensivo, os riscos são minimizados. Infelizmente, no caso do sapo, essas medidas não foram o suficiente para salvar sua vida.
Assim que o animal chegou ao hospital, o caso foi denunciado ao Ministério Público, que está investigando a situação como um possível caso de maus-tratos vinculado a rituais. A prática de colar a boca do sapo e introduzir objetos estranhos em seu organismo é uma forma de ritual, segundo o MP.
A morte do sapo-cururu levanta questões sobre a proteção dos animais e a importância de combater práticas cruéis e irresponsáveis que colocam em risco a vida de seres inocentes. É fundamental que casos como esse sejam investigados e punidos, a fim de garantir o bem-estar de todos os seres vivos em nosso planeta.