A operação é dividida em duas etapas. Na primeira, as 700 intimações são enviadas para os usuários que estão utilizando dispositivos com queixa criminal. Os notificados têm um prazo de três dias úteis para comparecer ao local indicado na intimação e realizar a devolução do celular de forma voluntária. Aqueles que não atenderem à convocação estarão sujeitos à segunda fase da operação.
Nesta segunda etapa, as informações sobre os não conformes serão repassadas à Polícia Civil, que realizará diligências para localizar e apreender os aparelhos. Os indivíduos encontrados com os celulares poderão ser conduzidos até a delegacia e enfrentar consequências legais por receptação, conforme a análise das circunstâncias de cada caso.
Essa ação faz parte do programa SP Mobile, que utiliza um sofisticado cruzamento de dados proveniente de boletins de ocorrência em colaboração com operadoras de telefonia. O objetivo é identificar receptadores de celulares furtados, cumprir mandados e desarticular redes criminosas especializadas na revenda desses dispositivos. Desde o lançamento do programa em junho deste ano, as forças de segurança já conseguiram recuperar cerca de 3,5 mil celulares, com 52% dos aparelhos devolvidos às suas vítimas.
De acordo com o coordenador do SP Mobile, delegado Rodolfo Latif Sebba, essa nova fase representa um avanço considerável. Ele afirmou que, pela primeira vez, a notificação e recuperação de celulares não será realizada de maneira pontual, mas se estenderá por todo o território paulista de forma simultânea. A evolução contínua do sistema permite uma identificação mais abrangente e precisa dos atuais possuidores de celulares, tornando a operação mais eficiente e efetiva. Esse esforço visa não apenas a recuperação de bens, mas também a desarticulação de atividades criminosas que exploram a vulnerabilidade dos cidadãos.