O impacto da chuva foi devastador, resultando em alagamentos significativos que submergiram ruas na Zona Norte, a área mais afetada. Vários veículos foram arrastados pelas águas, e a estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna da Linha 1-Azul do Metrô foi palco de cenas dramáticas, com passageiros se agarrando a grades para não serem levados pela correnteza. Em decorrência disso, a linha ficou com operação parcial no dia seguinte, com o trecho entre Tucuruvi e Jardim São Paulo interrompido.
Além das interdições no transporte público, a tempestade causou danos elétricos que deixaram aproximadamente 34 mil imóveis sem energia em São Paulo e na região metropolitana, envolvendo cidades como Santo André, Osasco e Embu das Artes. Segundo a empresa Enel, os ventos fortes também destruíram partes das redes elétricas, e as equipes de manutenção estavam ativamente empenhadas em restaurar o fornecimento.
Os estragos não pararam por aí; o temporal levou ao desabamento de uma casa em Santana e à queda do teto em um shopping na Vila Guilherme, embora não houvesse feridos associados a esses incidentes. A Defesa Civil, pela primeira vez, emitiu um alerta severo via celular durante o evento, embora a notificação tenha ocorrido após os danos já serem evidentes. Este alerta foi justificado pela confirmação de dados que demonstravam o potencial destrutivo da chuva.
O volume de chuva registrado entre 15h e 16h daquela sexta-feira foi o maior em uma única hora em toda a história da cidade, representando 43,4% do esperado para todo o mês de janeiro. Com isso, a cidade enfrenta um novo desafio, repensando estratégias para lidar com eventos climáticos extremos que se tornaram cada vez mais frequentes.