As notificações foram feitas pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas, uma unidade de referência em toxicologia no estado. Os casos foram considerados alarmantes, tanto pela quantidade em um curto período quanto pela natureza do envenenamento, que difere dos casos anteriores de intoxicação por metanol, frequentemente associados ao consumo deliberado de combustíveis.
Historicamente, o Ciatox tem recebido relatos de intoxicações por metanol, principalmente entre pessoas em situação de rua, que costumam abusar de substâncias. Contudo, a nova onda de intoxicações envolve o consumo de bebidas alcoólicas em ambientes sociais, como bares, abrangendo uma variedade de produtos, incluindo gin, whisky e vodka.
O aumento significativo dos casos de intoxicação por metanol, especialmente nos primeiros meses de 2023, é um alerta para a saúde pública. Durante este período, 14 moradores de rua foram intoxicados na região, destacando a gravidade do problema. Apesar dos relatos crescentes, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que não houve registros de intoxicações na cidade neste ano. A prefeitura, consciente da situação, tem tomado medidas rigorosas para combater o comércio ilegal e a venda de bebidas alcoólicas falsificadas, realizando fiscalização em vários estabelecimentos.
As autoridades continuam a monitorar a situação e esperam um retorno das secretarias de saúde e segurança pública, além do Ciatox, para mais esclarecimentos. O espaço permanece aberto para manifestações dos envolvidos.
O metanol, uma substância líquida e inflamável, tem ampla aplicação em solventes, combustíveis, plásticos, tintas e medicamentos, mas é altamente tóxico. Sua ingestão, mesmo em pequenas doses, pode resultar em consequências fatais, tornando vital a conscientização sobre os riscos associados ao consumo de bebidas adulteradas.