Lencastre enfatizou que a operadora atende atualmente 8,2 milhões de clientes, afirmando que essas interrupções são consequências complexas em um sistema que requer investimentos substanciais. Durante sua fala, ele destacou a antiguidade da infraestrutura elétrica da cidade, construída há quase um século. “Durante essa construção, o planejamento foi feito de uma maneira, e os investimentos foram feitos de uma forma em que a rede tem as suas características próprias. Todas as redes precisam de investimentos massivos de longa maturação”, disse Lencastre.
O apagão, resultante de intensas chuvas que atingiram a metrópole, gerou uma série de reclamações dos cidadãos e levou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a estabelecer um prazo de três dias para que a Enel restaurasse o fornecimento de energia em sua totalidade. A expectativa de recuperação total do serviço, no entanto, ainda não foi totalmente cumprida, gerando insatisfação entre os moradores afetados e preocupações sobre a confiabilidade do serviço prestado pela concessionária.
Além da pressão pública, a Enel também enfrenta a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que já sinalizou que a empresa não cumpriu adequadamente o seu plano de contingência após o desastre. O evento recente expôs falhas na infraestrutura elétrica da cidade e levantou questões sobre a necessidade urgente de atualização e modernização da rede elétrica paulistana.
As ações da Enel para remediar a situação seguem em andamento e, à medida que os dias passam, a companhia promete trabalhar arduamente para restaurar a normalidade do serviço, enquanto se prepara para enfrentar futuras demandas em um sistema que clama por melhorias significativas.