Na última sexta-feira, a família de Bruna foi informada sobre a possibilidade de morte cerebral, e exames realizados neste sábado ainda não forneceram resultados conclusivos. Além de Bruna, 51 pacientes estão em observação na rede hospitalar de São Bernardo, sendo que 49 deles são residentes locais. A situação preocupa, especialmente com três mortes sob investigação.
Como resposta à crise, quatro estabelecimentos comerciais e lotes de bebidas foram interditados cautelarmente em diferentes bairros da cidade, incluindo Taboão e Paulicéia. A Vigilância Sanitária Municipal, em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual, atua no monitoramento e controle do surto. A Polícia Civil também entrou em ação, confiscando garrafas de bebidas nos locais investigados, enquanto a Delegacia de Investigação sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DICMA) lidera as investigações criminais.
A situação não se limita a São Bernardo do Campo. Na capital paulista, duas mortes por intoxicação por metanol foram confirmadas, intensificando o sentimento de urgência entre as autoridades. Os óbitos ocorreram em um intervalo de tempo considerável, levantando questionamentos sobre a eficácia das medidas de controle. A Secretaria Municipal lamentou as perdas e intensificou as fiscalizações.
O governo de São Paulo anunciou a compra de 2 mil ampolas de álcool etílico, um tratamento essencial para pacientes afetados pela intoxicação. Essas ampolas serão distribuídas para centros de referência, enquanto um novo protocolo visa agilizar a análise de amostras, reduzindo o tempo de confirmação para uma hora.
Diante deste cenário alarmante, a interdição de estabelecimentos suspeitos se tornou uma prática recorrente. Desde o início do surto, um total de dez locais já foram fechados, com o governo localizando bares e distribuidoras em bairros nobres da capital e na Grande São Paulo. As autoridades permanecem em alerta constante, buscando conter a disseminação do metanol e proteger a saúde pública.