Embora tenha sido o único candidato na disputa, o resultado das votações não alcançou a unanimidade, em contraste com a eleição anterior, na qual Ednaldo Rodrigues foi reeleito com total apoio dos votantes. Dos 141 pontos disponíveis, Samir Xaud obteve 103, o que reflete a presença de 26 federações e de 20 clubes na eleição. A arquitetura de votação, que confere pesos diferentes a federações e clubes — três pontos para federações, dois para clubes da Série A e um para os da Série B — resultou em um potencial de 108 pontos. Assim, a ausência de um apoio total sugere desafios que Xaud terá que enfrentar ao longo do seu mandato.
Em seu discurso inaugural, o presidente eufórico abordou a relação da seleção masculina com a nação. “Queremos mais do que títulos; desejamos que o povo brasileiro volte a se identificar com a seleção canarinho”, declarou Xaud. Ele destacou que as tradicionais camisas amarela e azul transcendem o contexto esportivo, tornando-se ícones da identidade nacional. O novo mandatário anunciou sua visão de que, na Copa do Mundo de 2026, o Brasil esteja unido em torno de suas cores, representadas pelo verde, amarelo, azul e branco, simbolizando a força e a diversidade do povo brasileiro.
À medida que Xaud se prepara para este importante capítulo na história da CBF, as expectativas são altas. O sucesso de sua gestão dependerá não apenas de resultados em campo, mas também de recuperar a conexão emocional que a torcida tem com a seleção, algo que se perdeu nos últimos anos. A jornada que se inicia promete ser desafiadora, mas também repleta de possibilidades para revitalizar o futebol brasileiro.