Sam Bankman-Fried, ex-bilionário das criptomoedas, pode pegar entre 40 e 50 anos de prisão por envolvimento na maior fraude da década nos EUA

O ex-bilionário das criptomoedas, Sam Bankman-Fried, está enfrentando um possível período de 40 a 50 anos de prisão por seu envolvimento no colapso da corretora FTX, da qual era cofundador. Autoridades alegam que a fraude e conspiração cometidas por Bankman-Fried resultaram em perdas de mais de US$ 10 bilhões e afetaram mais de 1 milhão de vítimas, incluindo celebridades como Gisele Bündchen e Tom Brady, que perderam mais de R$ 230 milhões após a quebra da empresa.

Os promotores solicitaram uma sentença de 40 a 50 anos de prisão, considerando o “crime histórico” cometido pelo réu. O montante de US$ 11 bilhões também foi requisitado como parte da sentença. Segundo os promotores, Bankman-Fried demonstrou “um desrespeito descarado pela lei” em todas as suas ações, desconsiderando as regras em benefício próprio.

O julgamento está agendado para 28 de março e a decisão do juiz será aguardada com interesse, já que pode impactar outros executivos do mercado de criptomoedas que tenham cometido irregularidades. Bankman-Fried foi condenado por fraude eletrônica, conspiração e desvio de fundos de clientes da FTX para seu enriquecimento pessoal, incluindo investimentos especulativos e contribuições ilegais de campanha.

O colapso da FTX em 2022 resultou em prejuízos significativos para investidores e colaboradores próximos do réu testemunharam contra ele durante o processo. Os promotores alegam que Bankman-Fried realizou doações políticas ilegais de grande escala e subornou autoridades chinesas, tornando-se o segundo maior esquema fraudulento da história dos Estados Unidos, após Bernie Madoff.

Os advogados de defesa argumentaram que uma pena de 100 anos de prisão seria excessiva, pois as perdas supostamente causadas por Bankman-Fried foram superestimadas. O réu permanece detido desde agosto do ano passado no Centro de Detenção Metropolitano, aguardando a decisão final. A sentença de Bankman-Fried pode servir de exemplo para outros casos de fraudes no mercado de criptomoedas e crimes financeiros de grande escala.

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