Saída de Gunnar Nunes do PL gera demissões em massa na Prefeitura de Maceió e revela crise política na Assembleia de Deus em Alagoas

A recente saída de Gunnar Nunes do PL tem gerado um verdadeiro terremoto político na gestão do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, mais conhecido como JHC. Essa movimentação, amplamente vista como uma “traição”, desencadeou uma série de demissões em massa de fiéis e colaboradores que ocupavam cargos estratégicos na Prefeitura. A tensão começou a crescer após a repercussão de uma publicação que insinuava a ascensão de Nunes como um forte candidato para representar a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Alagoas na próxima eleição.

Atualmente, a cadeira de deputado estadual está ocupada por Mesaque Padilha, do União Brasil (UB), que conquistou o cargo em 2022 com uma proposta voltada para a comunidade cristã, sustentada pelo apoio dos líderes religiosos da Assembleia. Contudo, o panorama para 2026 pode se alterar, uma vez que o pastor-presidente da AD Alagoas, reverendo José Orisvaldo Nunes de Lima, manifestou a intenção de manter Padilha na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), mesmo diante de novos desafios políticos.

Entretanto, nos bastidores, há um movimento claro para que Gunnar Nunes, atualmente ligado à AD, entre em cena como candidato em um futuro próximo. Sua recente adesão ao PP, partido do deputado federal Arthur Lira, intensificou a especulação sobre suas ambições políticas e seu impacto nos cargos na gestão municipal. As exonerações realizadas por JHC são vistas como uma retaliação direta às manobras que ocorreram no cenário político, que já começou a gerar descontentamento dentro da administração municipal.

É interessante notar que, em ocasiões anteriores, JHC havia se comprometido com a Assembleia, doando um terreno para a construção de uma nova igreja em Eustáquio Gomes, o que parecia consolidar uma aliança política com as lideranças evangélicas. A ruptura sob a forma de demissões em massa levanta questionamentos sobre a verdadeira natureza das relações entre política, fé e ambições pessoais.

O que se observa é uma complexa teia de interesses, onde valores religiosos muitas vezes são desconsiderados em nome do poder e da politicagem. Essa situação faz com que muitos questionem o papel da fé e da moral na política local. Afinal, será que os verdadeiros princípios estão sendo respeitados, ou tudo não passa de um jogo de interesses? Os fiéis e a comunidade devem refletir sobre essa realidade, enquanto o clima político em Alagoas continua a se agitar.

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