O primeiro passo é encontrar um doador compatível com o paciente receptora. Para isso, é necessário que o doador tenha o mesmo tipo sanguíneo e atenda a uma série de critérios, como idade, uso de medicamentos, ausência de infecções, além de ter uma qualidade de saúde adequada.
Uma vez encontrada a compatibilidade, ocorre a extração do órgão do doador. O coração é preparado para o transporte e levado o mais rapidamente possível para o hospital onde se encontra o paciente receptor aguardando o transplante.
Assim que os médicos dão o aval para a realização do transplante, o paciente receptor é levado ao centro cirúrgico e é anestesiado. A equipe médica envolvida no procedimento é composta por mais de um cirurgião, devido à complexidade da cirurgia.
Após a anestesia, é realizada uma incisão no peito do paciente e os cirurgiões desconectam o coração original dos vasos sanguíneos e o retiram do corpo. Durante todo o procedimento, o paciente permanece inconsciente devido à anestesia geral.
Para manter o fluxo sanguíneo durante a operação e permitir a retirada do coração original, é utilizado um coração artificial, também conhecido como máquina de circulação extracorpórea. Esse dispositivo é responsável por manter a circulação sanguínea do paciente.
Os médicos então conectam o coração doado aos vasos sanguíneos do paciente receptor. Com a circulação restabelecida, o peito do paciente é fechado e ele é levado para a unidade de terapia intensiva (UTI).
A duração da implantação do novo coração é um ponto importante a ser observado, pois não deve ultrapassar quatro horas. No entanto, a cirurgia completa geralmente dura entre oito e 12 horas, dependendo das condições do paciente.
Após a cirurgia, o paciente permanece em observação por cerca de 15 dias para verificar o funcionamento do órgão transplantado e avaliar o risco de rejeição e infecções. Durante esse período, ele realiza biópsias frequentes e é monitorado com medicamentos para prevenir a rejeição e infecções.
A recuperação do paciente depende do seu estado de saúde geral e possíveis comorbidades. É comum que ele tenha que passar por sessões de fisioterapia e siga uma dieta especial. Além disso, ele precisa tomar medicamentos, como antifúngicos, antibióticos e drogas contra a rejeição.
A alta hospitalar acontece somente quando todas as variáveis são controladas e o paciente apresenta uma boa aceitação do órgão transplantado. O tempo para a alta pode variar de semanas até meses, dependendo da gravidade do quadro clínico do paciente.
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