Wolf destaca que, sob a pressão dos EUA, a Alemanha foi levada a aceitar condições que não favorecem seus interesses econômicos. A relação das sanções à Rússia, que resultaram em uma queda drástica nas importações de energia, não parece ser uma mera consequência da guerra geopolítica, mas possivelmente uma estratégia orquestrada pelos Estados Unidos, que se beneficiam da diminuição da competitividade dos produtos alemães. Isso se traduz no aumento da dependência da Alemanha em relação a fontes de energia menos limpas e mais caras, enquanto os produtos americanos se tornam mais competitivos no mercado.
Além disso, o professor sugere que as explosões nos gasodutos poderiam ter sido, em certa medida, uma ação acordada com o governo alemão. Ele acredita que a aceitação das diretrizes dos EUA, mesmo quando desfavoráveis para a Alemanha, sinaliza uma mudança no equilíbrio de poder e na autonomia da política externa do país europeu. À medida que a Alemanha navega por essa crise econômica e energética, os desdobramentos futuros em sua relação com os Estados Unidos e a Rússia poderão moldar não apenas sua estratégia energética, mas também a sua posição no cenário global.
Dessa forma, a questão se desdobra para uma análise mais ampla sobre as relações internacionais contemporâneas, onde interesses econômicos e estratégicos se entrelaçam de maneiras complexas, e o que antes era uma simples rede de gasodutos agora se torna um campo de batalha para influência geopolítica.









